história do Château Vaux Le Vicomte e do seu proprietário e idealizador – Nicolas Fouquet – é marcada, sobretudo, por grandes momentos de inveja e traição e por seus desdobramentos. A história do castelo tem seu início em 1641, um ano após a morte da esposa de Fouquet, que lhe deixa uma enorme foturna, empregada em parte na compra da propriedade onde o castelo, que causou a fúria e a inveja do Rei Luís XIV, foi construído.
Nicolas Fouquet, em 1650, torna-se Procurador Geral no Parlamento de Paris e, apesar da pressão por parte dos demais parlamentares para que este se oponha ao Rei Luís XIV, ele se mantém fiel ao soberano. Paralelamente à sua carreira no Parlamento de Paris, Fouquet reúne três talentos para realizar seu ambicioso projeto: a construção do Château Vaux Le Vicomte, na propriedade adquirida após a morte de sua primeira esposa. O arquiteto Le Vau, o pintor e decorador Le Brun e o paisagista Le Nôtre então transformam a antiga propriedade em uma das pérolas da França, localizada próxima à Paris: um grandioso castelo rodeado de imensos jardins em estilo francês e que abrigava, em uma de suas fontes principais, a imagem de uma coroa em homenagem ao rei.
Finalmente em 1656, o Château Vaux Le Vicomte é finalmente inaugurado, causando a fúria de Luís XIV. Como um parlamentar poderia possuir uma propriedade mais suntuosa do que a do próprio rei?! Movido pela inveja, Luís XIV planeja decretar a prisão de Fouquet, alegando que este enriquecera de forma ilícita usando o seu cargo de Superintendente das Finanças (cargo que assume anos depois de sua entrada no parlamento). Convidado para uma grande festa no castelo, o rei pretende prender Fouquet ainda naquela noite, mas é impedido por sua mãe. No entanto, 15 dias mais tarde, ele é enviado para a prisão pelas mãos de D’Artagnan, quarto mosqueteiro e braço direito de Luís XIV. Depois de anos dedicados à construção do castelo, Fouquet nem sequer consegue aproveitar o conforto do palácio que, anos mais tarde, inspirou o Palácio de Versalhes e morre exilado em 1680.